Quem são os stakeholders, quais são os tipos e que papel desempenham nas empresas?

Os stakeholders são pessoas ou grupos que afetam ou são afetados pelas atividades de uma empresa. Saber gerenciá-los traz uma série de benefícios para a companhia, como a melhora da imagem institucional e o aumento da fidelidade do cliente. Confira mais sobre stakeholders, neste artigo!
Entenda como identificar o papel dos stakeholders dentro de uma empresa e qual a influência de cada tipo na gestão do seu negócio.
Índice deste artigo:

Quando o assunto é gerenciar pessoas e otimizar a comunicação corporativa para que a companhia alcance os melhores resultados, a gestão de RH precisa lidar com diversos termos em inglês, como é o caso dos stakeholders.

Apesar de parecer complicado, o termo faz parte do dia a dia de qualquer organização. Afinal, seus integrantes impactam de forma direta as decisões tomadas pelas empresas.

Para ajudar você a entender quem são os stakeholders e a influência deles nas empresas, preparamos este artigo. Acompanhe!

O que são stakeholders?

O termo “stakeholder” descreve um conceito vital na gestão empresarial, referindo-se a qualquer indivíduo ou grupo que possa influenciar ou ser influenciado pelas atividades de uma organização. Em uma tradução direta, podemos entendê-lo como “parte interessada”.

Stakeholders são os atores que compartilham interesses, sejam eles positivos ou negativos, com a empresa, seja de maneira individual ou coletiva.

Essas partes interessadas representam uma ampla gama de indivíduos e grupos, incluindo funcionários, clientes, fornecedores, acionistas, governos locais ou nacionais, parceiros comerciais, organizações não governamentais e muitos outros.

Em um cenário empresarial cada vez mais focado na inovação e na competitividade, as empresas reconhecem a importância de seus públicos de relacionamento. Isso ocorre porque o sucesso da organização está intrinsecamente ligado à satisfação dos clientes e à obtenção de lucros.

Portanto, a gestão eficaz envolve a busca pelo equilíbrio das necessidades e expectativas de todos os envolvidos.

Ao compreender os interesses, preocupações e expectativas dos stakeholders, as empresas podem conceber estratégias e iniciativas para garantir que essas necessidades individuais e coletivas sejam atendidas de maneira positiva.

Como resultado, estabelece-se uma relação de responsabilidade e confiança mútuas, o que contribui para o desenvolvimento sustentável e a saúde econômica da empresa. Assim, a gestão eficiente dos stakeholders é essencial para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer organização.

Como surgiu o conceito de stakeholders nas empresas?

O conceito foi criado pelo filósofo norte-americano Robert Edward Freeman, na década de 1980. Ele estabeleceu que os stakeholders dizem respeito a qualquer indivíduo ou entidade que, de alguma maneira, é impactado pelas ações de determinada empresa. 

Freeman defendia que, para um negócio alcançar o sucesso, precisa construir algum tipo de valor, que pode ser financeiro ou não. Isso envolve uma série de interessados, como clientes, colaboradores e fornecedores, sendo que esses são considerados os principais stakeholders de uma empresa.

Assim, o conceito conseguiu alterar um comportamento muito comum dentro de algumas companhias, que viam os lucros acima do bem-estar das pessoas que fazem parte do negócio. Então, foi a partir da teoria de Freeman que as organizações passaram a se preocupar com quem é impactado pelas ações do negócio, mesmo que indiretamente.

Quais são os tipos de stakeholders?

Agora que sabemos que os stakeholders de uma empresa são todos aqueles indivíduos ou grupos que têm algum interesse ou impacto nas atividades organizacionais, é preciso saber discernir os diferentes tipos de stakeholders.

Acompanhe, a seguir, os principais tipos de stakeholders de uma companhia:

1. Clientes

Clientes são pessoas ou organizações que adquirem produtos ou serviços da empresa. Eles desempenham um papel fundamental no sucesso da organização, uma vez que suas necessidades e preferências orientam o desenvolvimento de produtos e a qualidade dos serviços.

2. Funcionários

Funcionários são os colaboradores que trabalham diretamente para a empresa. Eles são essenciais para o funcionamento cotidiano e o cumprimento das metas da organização. O bem-estar e a satisfação dos funcionários têm um impacto direto na produtividade e na cultura da empresa.

3. Fornecedores

Fornecedores são empresas que fornecem matérias-primas, serviços ou produtos à organização. A qualidade e a confiabilidade dos fornecedores são cruciais para manter a consistência e a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos.

4. Acionistas

Acionistas são indivíduos ou empresas que possuem ações da empresa. Seu investimento financeiro e seu envolvimento na tomada de decisões impactam diretamente a direção e o desempenho da organização.

5. Parceiros Comerciais

Parceiros comerciais são outras empresas que colaboram com a organização em vários aspectos, como marketing conjunto, distribuição de produtos ou desenvolvimento de soluções conjuntas. Essas parcerias podem ser fundamentais para expandir os horizontes da empresa.

6. Governo

O governo, seja em nível local ou nacional, exerce um papel regulatório sobre a empresa, estabelecendo leis e regulamentos que a organização deve cumprir. Sua influência abrange áreas como impostos, regulamentações ambientais e de segurança.

7. Comunidade Local

A comunidade local é composta por pessoas que vivem nas proximidades da empresa. O relacionamento da organização com a comunidade pode afetar a imagem pública e as relações com os residentes locais, além de influenciar o apoio a projetos e iniciativas.

8. Organizações Não Governamentais

Organizações não governamentais (ONGs) representam interesses específicos, como questões ambientais, direitos humanos ou causas sociais. Elas frequentemente monitoram e pressionam as empresas para adotar práticas mais responsáveis e éticas.

9. Imprensa

A imprensa é composta por jornalistas e veículos de comunicação que relatam sobre a empresa e suas atividades. A cobertura midiática pode afetar a reputação e a visibilidade da organização, bem como sua relação com o público em geral.

Diante disso, fica fácil entender que qualquer indivíduo que seja influenciado — positiva ou negativamente — pelas decisões de uma organização é um stakeholder. Para alcançar as metas e os objetivos da companhia, é muito importante adotar ações e políticas que vão ao encontro dos interesses desse grupo.

Nesse cenário, algumas práticas envolvendo os stakeholders para alcançar o sucesso incluem iniciativas como:

  • comunicação transparente e eficaz;
  • responsabilidade social corporativa;
  • gestão de riscos;
  • tomada de decisões que levem em consideração as necessidades e expectativas dos diferentes grupos envolvidos.

Como identificar os stakeholders de uma empresa?

Além dos públicos de relacionamento citados, como clientes, funcionários e parceiros, algumas empresas podem ter outros stakeholders, e identificá-los é essencial para o sucesso do negócio.

Veja, a seguir, algumas ações para determinar quais são eles:

  • identifique os objetivos e metas da empresa;
  • entenda a missão e visão do negócio, seus objetivos estratégicos e as metas específicas que está tentando alcançar;
  • analise a estrutura organizacional da companhia;
  • considere os grupos de interesse externos, como clientes e acionistas;
  • identifique os grupos de interesse internos, como setores da companhia e suas equipes;
  • avalie o impacto das atividades da empresa na vida das pessoas com as quais ela se relaciona;
  • priorize as partes interessadas;
  • comunique-se de forma eficaz com os grupos de relacionamento identificados. Essa comunicação pode ser off-line ou online, por meio de plataformas de streaming, a depender do contexto.

Ao seguir essas etapas, você eleva as chances de reconhecer os stakeholders de uma empresa, melhorando a comunicação com eles de maneira efetiva.

Como são classificados os stakeholders?

Existem diferentes maneiras de categorizar os tipos de stakeholders, mas aqui estão algumas possíveis:

  • internos: diretamente envolvidos na empresa, como funcionários, gerentes e acionistas;
  • externos: aqueles fora da empresa, como clientes, fornecedores, parceiros de negócios e investidores;
  • primários: os que têm um interesse direto e imediato na empresa e suas atividades, como clientes e funcionários;
  • secundários: têm um interesse indireto ou a longo prazo na organização, como comunidade local, grupos ambientais e reguladores governamentais;
  • positivos: têm um interesse favorável na empresa e suas atividades, como clientes satisfeitos, investidores felizes e funcionários motivados;
  • negativos: têm um interesse desfavorável na empresa e suas atividades, como concorrentes, grupos de protesto e reguladores governamentais que impõem multas e sanções.

É importante se lembrar de que essas categorias não são mutuamente exclusivas, e que um stakeholder pode pertencer a mais de uma ao mesmo tempo. Além disso, o impacto de cada um deles na empresa pode variar, dependendo da situação e do contexto.

A organização deve estar preparada para se comunicar com eles por meio de serviços de streaming e outros veículos de comunicação.

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Como gerenciar os stakeholders?

Identificar os tipos de stakeholders é o primeiro passo para gerenciá-los. Assim, de acordo com a situação, alguns públicos de relacionamento podem se tornar primários ou secundários — o que pode evidenciar o grau de dependência. 

Por exemplo, os acionistas, de modo geral, são encaixados na primeira opção, já que são responsáveis por exercer uma influência direta sobre a corporação. Clientes, funcionários, fornecedores, investidores, concorrentes e executivos de alto escalão têm maior poder de impacto direto dentro de qualquer companhia. Logo, integram os stakeholders primários e precisam ser gerenciados de modo mais efetivo, com uma comunicação próxima e clara.

Já comunidade, imprensa, governo, ONGs, instituições bancárias e outras companhias são encaixados como stakeholders secundários. Eles não são determinantes para que uma empresa tenha êxito no alcance de objetivos e metas estabelecidas.

Além disso, quando o assunto é gerenciar stakeholders, é preciso pensar no nível de importância desses públicos de relacionamento. Ele pode variar de acordo com a corporação ou com o tipo de projeto que está sendo executado.

A comunidade pode ganhar maior relevância e mudar de nível, apesar de, a princípio, ser tratada como secundária. Isso dependerá de estar inserida em algum projeto da companhia, a exemplo de ações sociais.

Assim, apesar de alguns grupos serem, em grande parte dos casos, considerados como primários ou secundários, é possível que, em certo momento, ganhem maior ou menor destaque e poder de influenciar os resultados da empresa.

Suponha que seu negócio trabalhe com a manipulação de agentes químicos, que podem impactar a saúde dos trabalhadores e da comunidade do entorno. Nesse caso, apesar de os moradores serem considerados stakeholders secundários, nessa questão, passam para o grupo dos primários. Afinal, há grandes chances de participarem das atividades do negócio ou interferir em sua imagem.

Você deve perceber que fazer o gerenciamento de todos os stakeholders envolvidos em uma organização pode não ser uma tarefa simples. Isso porque é preciso unir muitos elos do negócio ao mesmo objetivo.

Contudo, uma gestão eficiente deve estar atenta para equilibrar as demandas da organização e seus públicos de relacionamento, e tentar conciliar os interesses a favor do desenvolvimento de todos. Com isso, é possível garantir um desenvolvimento sustentável para a companhia e o público que, de alguma forma, faz parte dela.

Quais são as vantagens dos stakeholders para a empresa?

Como vimos, os stakeholders são pessoas ou grupos que afetam ou são afetados pelas atividades de uma empresa. Para gerenciá-los, é preciso contar com uma comunicação eficiente e, para isso, você pode utilizar as tecnologias certas.

Veja, a seguir, quais são as vantagens de fazer a gestão dos públicos de relacionamento do seu negócio!

Melhora da imagem da organização

Quando a empresa se preocupa com as necessidades e interesses dos seus stakeholders, ela pode construir uma reputação positiva e valorizada pelos seus públicos.

Aumento da fidelidade do cliente

Ao se concentrar nas necessidades dos consumidores, a empresa pode desenvolver produtos e serviços mais alinhados com as suas expectativas. O resultado será maior satisfação e fidelidade dos clientes.

Maior engajamento dos funcionários

Os colaboradores podem se sentir mais engajados, motivados e comprometidos quando sabem que a empresa se preocupa com o seu bem-estar e desenvolvimento profissional.

Acesso a recursos

Os stakeholders podem fornecer recursos valiosos para a empresa, como capital, expertise, conhecimento e redes de contatos.

Redução de riscos

Ao envolver seus stakeholders na tomada de decisão e nas operações, a empresa pode reduzir o risco de conflitos e a probabilidade de ações legais ou regulatórias adversas.

Inovação

Os stakeholders podem trazer ideias e perspectivas diferentes para a empresa, resultando em inovação e diferenciação no mercado.

Suporte a objetivos corporativos

Quando os stakeholders são considerados na formulação de objetivos corporativos, a empresa pode alinhar melhor suas metas com as necessidades de seus públicos. Por consequência, haverá maior aceitação e apoio aos seus planos e estratégias.

Quais as diferenças entre stakeholder e shareholder?

O mundo corporativo tem termos que são pouco utilizados, mas que podem, em algum momento, fazer parte dos discursos nas empresas. É o caso do shareholder, que, em português, pode ser entendido como acionista, ou aquele que possui parte do negócio, com a aquisição de ações.

Assim, apesar do fato de estarmos tratando de termos muito semelhantes, e de um shareholder ser considerado um stakeholder, esses dois termos têm significados distintos.

O shareholder faz parte de um grupo ou indivíduo que compõe os stakeholders de uma empresa. Vale lembrar que seu nível de influência é bastante elevado, e devido a isso, quase sempre, entra no grupo dos primários.

Isso porque, além de fazer investimentos na empresa, pode perder capital ou ganhá-lo, conforme as ações e estratégias seguidas pela companhia em questão.É preciso considerar que a insatisfação de um shareholder é capaz de gerar prejuízos, que podem ser de natureza financeira ou não.Essa é uma das razões que fizeram com que a gestão das empresas também passasse a considerar os interesses de outros tipos de públicos de relacionamento.

Contudo, com o passar dos anos, os gestores perceberam que todos os stakeholders são capazes de impactar o negócio e, a partir de então, têm considerado a gestão desses indivíduos e grupos de indivíduos a favor da empresa.

Entender o conceito de stakeholder e saber como ele impacta a estrutura do negócio é fundamental para o sucesso em suas atividades. Assim, é possível alcançar a sustentabilidade e a competitividade no mercado.

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