Pensar no futuro do jovem no mercado de trabalho é um desafio não apenas para quem busca o primeiro emprego, mas também para as empresas, que precisam de mão de obra qualificada e preparada para a dinâmica de mercados cada vez mais competitivos. Nesse cenário, a comunicação corporativa pode ajudar a atrair e reter bons talentos.
Além disso, a geração Z está ingressando no mercado de trabalho com características nunca antes observadas, como senso de imediatismo e grande habilidade com novas tecnologias, já que vivenciam a transformação digital de forma natural, e reconhecem que a inovação e desafios são fundamentais para alcançar a competitividade em qualquer segmento de negócio.
Para ajudar você a entender qual é o futuro do jovem no mercado de trabalho, preparamos este artigo. Acompanhe!
Qual é o futuro do jovem no mercado de trabalho?
O futuro do jovem no mercado de trabalho passa, necessariamente, pelos estudos e qualificação. Isso porque a educação formal, aquela que se aprende na sala de aula, ainda é considerada como fator decisivo pelas empresas na hora de recrutar talentos no mercado.
Afinal, é preciso se basear em referências para fazer uma boa contratação, ainda mais quando estamos falando de primeiro emprego.
Assim, além das competências técnicas, as soft skills, ou habilidades comportamentais, também são avaliadas na hora de selecionar os melhores talentos do mercado. Logo, competências como inovação, criatividade e capacidade de comunicação são fundamentais para se conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho atual.
Dessa forma, ao aliar o conhecimento adquirido na sala de aula, às competências comportamentais e a alguma experiência no mercado de trabalho, é possível garantir uma contratação eficiente de funcionários nas empresas.
Como os jovens da geração Z atuam no mercado de trabalho?
Nascidos a partir de 1995, a geração Z já é o maior grupo populacional do planeta, conforme revelam estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), que estima que esses jovens representavam, em 2019, 31,5% da população.
Altamente tecnológicos, os jovens da geração Z têm a capacidade de pensar muito rápido, podem apresentar dificuldades de lidar com a hierarquia verticalizada e são agitados. Eles também possuem facilidade para executar várias atividades ao mesmo tempo, e sabem lidar bem com os imprevistos.
Outro ponto positivo da geração Z é que eles são abertos à diversidade e conseguem trabalhar bem em equipe, ainda mais se as atividades envolverem jogos. Isso acontece porque eles cresceram em uma cultura totalmente online, e dão preferência por trabalhar em empresas que adotam a tecnologia em seus processos.
No mercado de trabalho, a geração Z está adaptada à conectividade 24 horas por dia, e isso não representa, necessariamente, um desafio para eles, já que não se sentem cansados por isso.
Esses jovens ainda são altamente empreendedores, o que pode dificultar a atração e retenção desses talentos na empresa, fazendo com que as organizações tenham de investir em iniciativas para cativá-los, como em uma comunicação corporativa eficiente e voltada para o engajamento dos colaboradores com a marca.
Além disso, esses jovens não têm medo de trocar de emprego, e buscam a felicidade no trabalho. Isso quer dizer que eles se conectam com causas e propósitos, visam o seu bem-estar no trabalho e desejam fazer a diferença no mundo com as suas entregas.
Quais são os desafios do mercado de trabalho para os jovens?
Quando o assunto é o futuro do jovem no mercado de trabalho, a busca pelas primeiras experiências é um dos principais desafios da geração Z. Além disso, a falta de vivências no mercado ainda pode revelar pouca maturidade para ocupar alguns cargos.
A falta de uma qualificação formal também pode excluir muitos desses jovens do mercado de trabalho, endossando as estatísticas de desempregados no país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,5% da população geral está desempregada, ou seja, mais de 10 milhões de pessoas no país.
Quando verificamos o índice de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos, esse percentual é elevado para quase 20%, representando mais que o dobro dos desempregados no Brasil. Nesse cenário, a falta de experiência continua sendo um dos principais entraves para quem procura uma oportunidade no mercado de trabalho.
Ainda temos de considerar que, com a concorrência acirrada por uma oportunidade de trabalho, muitos profissionais que possuem mais experiência aceitam ganhar menos para voltar a trabalhar, ocupando posições que, inicialmente, seriam preenchidas por profissionais mais juniores.
Com isso, o futuro do jovem no mercado de trabalho acaba sendo comprometido, já que é difícil competir com as qualificações de um profissional mais experiente. Isso acaba tornando o jovem menos atraente para algumas posições de trabalho.
Outro desafio para o futuro do jovem no mercado de trabalho é que muitos precisam aliar dupla rotina, conciliando trabalho e estudos, sendo que a jornada exaustiva pode comprometer a qualificação, tornando o processo mais difícil.
Ainda é possível destacar como desafio para os jovens aliar competências valorizadas pelas empresas como:
- inteligência emocional;
- capacidade de manter boas relações interpessoais;
- capacidade de entregar bons resultados em cenários diversos.
Isso se dá, novamente, pela falta de experiência, que pode comprometer as entregas, gerando dificuldade para o jovem se manter no cargo, ou mesmo ser recrutado para ele.
Quais são as áreas que mais dão oportunidades aos jovens no mercado?
A pandemia do novo coronavírus modificou a forma de trabalho, fazendo com que empresas e colaboradores tivessem de se adaptar às novas tecnologias para o trabalho remoto. Isso fez com que a área de tecnologia ganhasse destaque, assim como o mercado de marketing digital, que também passou a ter grande relevância no mercado de trabalho.
Nesse cenário, a geração Z, por ter grande familiaridade com a tecnologia e conseguir se adaptar mais facilmente ao ambiente remoto, ganhou grande destaque, galgando oportunidades.
Quanto às áreas de atuação, é possível observar o aumento na busca por jovens profissionais nos seguintes segmentos:
- gestão de pessoas e processos;
- recursos humanos;
- vendas online;
- marketing e comunicação;
- desenvolvimento de sistemas;
- biomedicina.
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Quais são os programas que ajudam a inserir jovens nas empresas?
Contratar jovens profissionais não é uma tarefa fácil para as empresas. Afinal, é preciso otimizar tempo e dinheiro, em meio a uma geração que valoriza cada vez mais o empreendedorismo e pode apresentar dificuldades para se adaptar a uma hierarquia verticalizada.
Além disso, os salários iniciais podem ser pouco atrativos. Assim, para atrair e manter os jovens na empresa, é preciso investir em ações para chamar a atenção deles, como contar com programas de parcerias para inseri-los no mercado de trabalho.
Programas como Jovem Aprendiz, vagas oferecidas pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), convênios com escolas e faculdades e até trabalhos sociais podem ser uma porta de entrada importante para a empresa recrutar jovens talentos.
A empresa também pode investir na criação de um programa de estágio para atrair mão de obra qualificada que, após algum tempo, pode ser efetivada.
A área de tecnologia, por exemplo, é o segmento de negócios que mais aposta na contratação de jovens, o que ajuda as empresas a acompanharem as demandas e também as tendências do mercado.
Além disso, é preciso considerar que os jovens na empresa colaboram para a diversidade da companhia, tornando o negócio mais competitivo, pois os jovens colaboram com modernas ideias e pontos de vista diferentes.
Quais são as tendências para o mercado de trabalho?
Como mencionamos, a pandemia do novo coronavírus modificou de forma profunda as relações de trabalho, que passaram a ser remotas ou híbridas em grande parte das empresas, mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social.
Assim, essa mudança de hábitos no ambiente corporativo ainda vem promovendo mudanças, fazendo com que todos (empresas e empregados) tenham de se adaptar de forma constante.
Em 2023, já é evidente a retomada do trabalho presencial em todos os segmentos da economia, mas as facilidades geradas pelo home office fizeram com que as empresas tivessem de flexibilizar e adaptar as suas jornadas, a fim de reter talentos, em especial, os mais jovens.
Isso porque o trabalho remoto passou a ser visto como um benefício para a maioria dos funcionários, já que eles podem ficar mais tempo com a família, evitar grandes deslocamentos e o estresse do trânsito. Com isso, ganham mais qualidade de vida.
Nesse cenário, o setor de Recursos Humanos das empresas tiveram de se adaptar e oferecer benefícios competitivos, além do próprio trabalho híbrido e a possibilidade de manter o home office, em alguns casos.
Todo esse processo é intermediado pela tecnologia, sendo amplamente dominada pelos jovens da geração Z, o que confere a eles um diferencial importante na hora de disputar uma vaga.
Aliado a esse cenário, ainda temos o surgimento de novas ferramentas tecnológicas, que demandam profissionais capacitados e preparados para administrá-las. Para tanto, é preciso que o futuro do jovem no mercado de trabalho passe pelo conhecimento dessas tendências, a fim de prepará-los.
Logo, as tendências do mercado de trabalho são:
- a continuidade do trabalho em home office;
- a valorização das soft skills;
- a alfabetização digital.
Como vimos ao longo desta leitura, o futuro do jovem no mercado de trabalho passa pela qualificação profissional e pelo desenvolvimento de competências comportamentais. O papel do RH das empresas deve ser o de criar oportunidades para atrair e reter esses talentos, garantindo assim a competitividade da empresa no mercado.
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