Já pensou em adotar um modelo para vender conteúdo digital no qual o usuário paga para consumir materiais específicos durante determinado período? Ele existe, e se chama Pay-Per-View (PPV) – e acredite, não é algo exclusivo da televisão.
Você já deve ter escutado esse termo relacionado a algum reality show ou serviço de streaming. A tradução literal do termo quer dizer “pague para ver” e é basicamente essa a ideia. Contudo, esse tipo de serviço pode ser aplicado em uma série de outros produtos.
Entenda melhor o que é o Pay-Per-View, quais benefícios esse tipo de receita pode gerar para o seu negócio e no que ele se diferencia do Video on Demand. Para completar, separamos algumas dicas para você usar o PPV no seu conteúdo. Vamos juntos?
O que é um canal Pay Per View?
Pay-per-view (PPV) é uma modalidade de transmissão de televisão por assinatura que permite ao usuário adquirir direitos para assistir eventos ao vivo ou vídeos sob demanda. O nome, tradução literal da palavra em língua inglesa, significa “pague-por-visualização”. É uma opção à la carte, diferente dos pacotes de canais tradicionais, que permite que os usuários escolham e paguem apenas pelos eventos ou vídeos de seu interesse.
Caso você esteja se perguntando como funciona o Pay-Per-View, é simples: a plataforma de conteúdo bloqueia o acesso ao material e o libera após o cliente pagar para usufruir dele. Ou seja, você estará usando um paywall para gerar receita com seu conteúdo.
Este tipo de vídeo sob demanda pode ser utilizado para permitir que o usuário consuma este conteúdo durante um tempo limitado, somente uma vez ou até que o adquira definitivamente — quem define é você.
Como funciona o Pay Per View?
O Pay-Per-View funciona como um canal avulso, no qual o usuário contrata para assistir conteúdos exclusivos. Ele geralmente está vinculado a emissoras que produzem suas próprias programações ou até mesmo empresas independentes que fazem parcerias com as emissoras, oferecendo os serviços por meio desses canais.
Para contratar o pay-per-view, é necessário se interessar pelo conteúdo e fazer a contratação por meio do plano de televisão por assinatura, com o valor sendo adicionado à fatura mensal, ou pelo próprio site da emissora que está disponibilizando (se houver essa opção).
Algumas opções de pay-per-view permitem a contratação independente, sem necessidade de um plano de televisão por assinatura, permitindo que o usuário assista o conteúdo pela internet em dispositivos como Smart TVs, computadores, tablets e celulares.
Após a contratação, é necessário aguardar a ativação do canal no modem de televisão a cabo, que geralmente acontece de forma imediata, ou fazer o download do aplicativo, caso contrate a versão própria para dispositivos que acessam a internet.
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Quando foi criado o Pay Per View?
Criado nos Estados Unidos durante a década de 50, este conceito mostrou seu potencial financeiro em 1975. O que aconteceu? A HBO transmitiu a luta de boxe entre Muhammad Ali e Joe Frazier por PPV. Thrilla in Manila, como foi batizada, teve audiência de mais de 500 mil pessoas.
E não pense que o Pay-Per-View se limitou às competições esportivas. Como este modelo revolucionou a dinâmica entre canais e usuários, operadoras de TV a cabo passaram a usá-lo para o aluguel de shows, filmes e séries – tendência popularizada na década de 90.
Mas isso não é coisa de televisão? Não. Apesar de ser um modelo de negócios que ganhou tração graças a este segmento, trata-se de algo que pode ser usado em qualquer projeto de conteúdo – desde que com as ferramentas adequadas, como uma plataforma OTT ou um software de transmissão ao vivo.
Quais os benefícios do Pay Per View?
Por que usar o PPV para ganhar dinheiro com vídeos? Como todo modelo de negócios, ele possui particularidades que o colocam como uma opção atrativa.
A seguir, confira uma lista com os principais benefícios do Pay-Per-View:
Diversidade de nichos
Quando falamos sobre a origem do PPV, você provavelmente reparou na diversidade de nichos que podem usar o modelo. Canais Pay-Per-View disponibilizam competições esportivas como futebol e artes marciais, reality shows como Big Brother Brasil (BBB) e até o aluguel de filmes e séries.
E por que parar por aí? Além de ser aplicado no ramo de entretenimento, este modelo também pode ser usado para monetizar a transmissão dos vários tipos de eventos online como palestras, workshops e seminários – ou até ganhar dinheiro com cursos digitais e workshops.
Alta escalabilidade
E por que existem tantos nichos aderindo ao conteúdo Pay-Per-View? Entre os principais motivos está o fato deste modelo possuir alta escalabilidade – ou seja, trata-se de um produto que pode ser vendido em grande escala sem grandes aumentos nos custos de produção.
Como o investimento na produção do conteúdo independe da audiência, o lucro com a venda do acesso a ele atingirá valores ainda maiores. Não à toa, o retorno sobre investimento (ROI) deste negócio escalável é alto.
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Acessibilidade em dispositivos móveis
Outra vantagem do PPV é o fato dele permitir a acessibilidade em diversos aparelhos. Com a grande aderência de dispositivos móveis no mercado, é possível garantir que seu público assista ao conteúdo não só no desktop, mas também em celulares e tablets.
Além de proporcionar maior comodidade ao usuário, isso aumenta o alcance da sua transmissão. Afinal de contas, mais pessoas conseguirão consumir o conteúdo.
Vale ressaltar que é importante verificar se a plataforma escolhida possui suporte a todos estes dispositivos – seja com design responsivo ou até aplicativo próprio.
Quais os tipos de Pay Per View disponíveis?
Como foi dito anteriormente, PPV é a venda de um conteúdo para ser consumido em um período pré-determinado. Existe mais de uma maneira para gerar receita com o modelo. Confira os dois tipos de Pay-Per-View que você pode usar:
Visualização única
Como o nome diz, este tipo de PPV permite que o usuário compre acesso ao seu conteúdo para uma única visualização. Funciona para transmissões ao vivo, seja de eventos corporativos, artísticos e até esportivos.
Caso o usuário não vá assistir ao conteúdo em tempo real, o modelo também pode ser utilizado. No entanto, não é uma prática tão comum no mercado.
Múltiplas visualizações
E quando não se trata de conteúdo ao vivo? Neste caso, existe a possibilidade de permitir ao cliente pagar para consumir o conteúdo como desejar durante um período definido.
Este modelo permite múltiplas visualizações e funciona como o aluguel de vídeos nas antigas locadoras de filmes. Muitos canais e empresas de TV por assinatura contam com esse tipo de serviço para a exibição de filmes mais recentes, por exemplo. Você os aluga por um período de tempo – mas tudo no digital!
Vale ressaltar: eventos ao vivo também podem adotar este tipo. Por exemplo, a gravação da transmissão pode ficar disponível na plataforma para ser assistida após ela terminar.
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Pay Per View e Video on Demand: quais as diferenças?
Então quer dizer que Pay-Per-View e Video on Demand (VOD) são a mesma coisa? Cuidado ao fazer esta comparação. Quando você se perguntar o que é VOD, tenha em mente que se trata de um conceito de distribuição de vídeos sob demanda.
Nele, o espectador escolhe o quê, quando e onde assistir. Tudo isso sem a intermediação de terceiros, como empresas de telecomunicações. Aqui, a relação é somente entre usuário e plataforma.
Então por que são coisas diferentes? VOD é um conceito amplo que pode usar vários modelos de receita e, consequentemente, acesso aos conteúdos. O PPV é somente um destes tipos – e, vale ressaltar: é possível usar mais de um na sua plataforma, desde que faça sentido ao seu negócio.
Confira os possíveis modelos de receita para uma plataforma VOD:
Subscription Video on Demand (SVOD)
Quer criar um clube de assinaturas para monetizar o seu conteúdo sob demanda? Para isso, existe o Subscription Video On Demand (SVOD). Nele, é possível cobrar pelo acesso ao conteúdo por uma periodicidade definida – seja ela mensal, semestral ou até anual.
Este modelo permite que o usuário assista ao material quantas vezes quiser e no momento que desejar. Para isso, deve-se pagar um valor fixo para ter acesso a todo o conteúdo disponível na plataforma.
Como maiores exemplos de SVOD temos as gigantes como Netflix e Amazon Prime. Este modelo de negócios funciona bem com filmes, documentários e até reality shows.
Advertising Video on Demand (AVOD)
E se o objetivo é oferecer conteúdo gratuito para o usuário sem deixar de monetizar seus vídeos? Isso é possível graças ao Advertising Video on Demand (AVOD).
Quando falamos deste modelo, é muito fácil associá-lo a boa e velha publicidade.
Seu conteúdo gerará receita através de anúncios – podem ser banners clicáveis ou até vídeos puláveis.
No AVOD, você receberá um valor proporcional às visualizações e cliques destas propagandas – e depende das regras de monetização da plataforma.
Para exemplificar, é impossível não lembrar do YouTube e do Vimeo. Estes sites de vídeos usam o modelo e podem ser úteis para negócios de conteúdo que buscam investir menos na plataforma – apesar de oferecer menores possibilidades de monetização.
Transactional Video on Demand (TVOD)
Quando falamos sobre consumir conteúdos específicos, o Transactional Video on Demand (TVOD) é o modelo a ser utilizado. Aqui, o cliente compra o acesso ao vídeo por determinado período.
Diferentemente do SVOD, o usuário escolhe quais materiais vai adquirir. Assim, dá para ter acesso a estes conteúdos na plataforma ou, em alguns casos, fazer o download deles.
Sabe qual é o outro nome pelo qual este modelo é conhecido? Pay-Per-View. Este formato é mais utilizado para transmissão ao vivo de partidas esportivas e outros eventos, além do aluguel de conteúdo.
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Como usar o Pay Per View para vender conteúdo?
Como é possível ver, o PPV é um modelo de negócios com grande potencial de monetização. Para ter sucesso nesta empreitada, é necessário ter alguns cuidados.
Pensando nisso, separamos algumas dicas para você usar o Pay-Per-View para vender conteúdo. Confira:
Faça um planejamento de conteúdo
Antes de qualquer coisa, é imprescindível fazer um planejamento de conteúdo. Pense na sua ideia e em como produzi-la. Isto lhe dará a visão estratégica sobre como disponibilizá-la ao público da maneira que faça maior sentido – seja com material ao vivo ou gravado.
Defina a precificação
Outro ponto importante é definir a precificação. Para isso, é necessário colocar na ponta da caneta todos os custos de produção do conteúdo, além dos investimentos a serem feitos para ele chegar ao público. Desta forma, você saberá quanto poderá cobrar pelo acesso.
Escolha a plataforma adequada
Para concluir, é necessário saber onde disponibilizar o seu conteúdo. Como mencionado anteriormente, existem dois tipos possíveis: o programa para transmissão ao vivo ou a plataforma OTT.
Qual a melhor opção? Depende do seu objetivo. Caso você queira vender acesso a eventos pontuais realizados em tempo real, o software de transmissão ao vivo é uma boa pedida. Se o objetivo é uma solução mais robusta, vale a pena aderir à tendência OTT – ela permite oferecer conteúdo gravado e até incorporar lives à plataforma.
Na hora de escolher, é importante optar por uma ferramenta que permita restringir a exibição de conteúdos a grupos específicos – afinal, esta é a base deste modelo de negócios. Isso, aliado a uma plataforma de pagamento online, te permitirá desfrutar de todas as vantagens do PPV.
A Netshow.me oferece as duas opções: plataforma de transmissão ao vivo simples e segura, para você monetizar seus eventos online. E plataforma OTT personalizável, para você monetizar conteúdos de forma recorrente ou sob demanda.
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