Gamificação no treinamento corporativo: como e por que utilizar?

Como usar a gamificação no treinamento corporativo e garantir mais engajamento e participação dos colaboradores.
Gamificação no treinamento corporativo
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A capacitação de colaboradores é, ou deveria ser, uma preocupação constante das empresas. Contudo, pode ser difícil encontrar metodologias ou até mesmo implantar ações da comunicação corporativa, que realmente levem ao engajamento e participação dos colaboradores. A solução para essa questão pode estar na gamificação de treinamentos corporativos. 

Ter profissionais que não estão se desenvolvendo ou aprendendo coisas novas pode resultar em estagnação e até resultar em perdas de oportunidades. Da mesma forma, investir em capacitações que não serão realmente aproveitadas, pode resultar em prejuízo para as empresas. 

Para resolver essas duas questões, uma boa alternativa pode ser investir em treinamentos corporativos usando a estratégia de gamificação. Com ela, a dinâmica de aprendizado se torna mais interessante, além de aumentar a interação entre colaboradores de um setor ou até mesmo de toda a empresa. 

Neste artigo, entenda melhor o que é a gamificação, como ela pode ser aplicada em treinamentos corporativos e os elementos essenciais para desenvolvê-la na sua empresa. 

O que é gamificação? 

A gamificação refere-se a aplicação de ferramentas e estratégias comumente encontradas em jogos em outros contextos. Ela é amplamente usada no ensino de crianças e adolescentes, nas áreas de marketing, vendas, e até para impulsionar hábitos mais saudáveis

Entre os elementos mais usados nessa abordagem estão: 

  • Pontuação: são uma forma de indicar, visualmente, a existência de uma competição e quem são as pessoas que estão na frente. Além disso, também deixa claro quanto falta para estar entre os primeiros colocados; 
  • Provas/tarefas: são o caminho para conquistar mais pontos. É importante que elas sejam equilibradas e façam sentido para o contexto em que estão sendo usadas;
  • Regras: garantem a igualdade entre os participantes, pois todos compreendem quais são os limites e possibilidades da competição;
  • Premiação: é importante que a competição resulte em algum tipo de premiação para que as pessoas envolvidas se sintam motivadas a participar. É importante que ela faça sentido para o contexto em que está sendo usada.  

Essa perspectiva tem ganhado muitos adeptos ao longo dos anos, com um crescimento exponencial começado mais ou menos em 2010. Atualmente, já existem muitos aplicativos e ferramentas usando a gamificação como mecanismo de incentivo e engajamento dos usuários

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Como usar a gamificação no treinamento corporativo? 

Além de ser amplamente usada, a gamificação também tem sido bastante estudada por pesquisadores e acadêmicos. Uma delas, chamada “The key elements of gamification in corporate training”, os elementos chave para a gamificação no treinamento corporativo, traçou uma análise de 12 empresas que usaram essa técnica para o desenvolvimento de colaboradores. 

Como resultado da análise, são listados os principais elementos que levaram ao sucesso de ações de gamificação para o treinamento corporativo nessas empresas. A partir dessas experiências, é possível entender quais são os pontos mais importantes para adotar essa estratégia. 

Veja quais são eles e como você pode usá-las para aplicar a gamificação no treinamento corporativo da sua empresa: 

Pontuação 

Um requisito básico para a mecânica da estratégia de gamificação é ter um recurso de pontuação. Esse é um dos recursos fundamentais dessa abordagem e não pode ser deixado de lado. 

Como a pontuação é dada aos participantes depende da estratégia de cada empresa. Alguns profissionais entrevistados explicaram que na sua estratégia até mesmo respostas erradas geram alguma pontuação, mas respostas certas ganham o triplo de pontos. O objetivo é incentivar a participação em qualquer circunstância. 

A pontuação é um caminho fundamental para o engajamento e o esforço dos colaboradores. Eles precisam saber que suas tentativas vão gerar algum resultado e usar um indicador numérico pode ser uma ótima forma de fazer isso. Se possível, essa pontuação deve ser alocada em um local público, para que todos tenham acesso, garantindo mais transparência no processo de apuração. 

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Feedback rápido 

Outro elemento bastante mencionado pelos profissionais ouvidos na pesquisa é a necessidade de um feedback ágil. Durante a competição, os profissionais não querem esperar para saber o resultado da sua participação. Essa é uma característica muito importante para gerar mais participação e engajamento dos colaboradores. 

Busque um método simples de pontuação, em que a equipe responsável pela estratégia não precise gastar muito tempo conferindo o resultado. Esse tipo de ação apenas gera mais problemas e desconfiança dos envolvidos. 

Outra alternativa pode ser usar alguma plataforma que automatize o processo de pontuação. Depois de cada ação, os colaboradores já terão acesso à sua posição ou pontuação no game. 

Elementos de competição 

A competição é essencial para que as pessoas se sintam motivadas a participar e dar o seu melhor. Pense bem, em um jogo em que sabemos todas as respostas e é fácil ganhar, não há muita graça, não é? 

Por isso, é importante que a estratégia tenha algum grau de dificuldade para todos os envolvidos, gerando um sentimento de competição que levará também a uma maior dedicação e esforço. Além disso, também é um fator importante para a concentração dos profissionais nas atividades propostas. 

Uma alternativa é propor uma estratégia de times, em que grupos de colaboradores competem entre si. Além de gerar mais ânimo, também pode ser uma forma de desenvolver o trabalho em equipe e o senso de coletividade.

A comunicação interna na empresa, seja entre colaboradores, ou entre profissionais e chefia, também pode se beneficiar com o desenvolvimento dessa interação. 

Regras claras e justas

Já mencionamos que as regras, assim como a pontuação, as provas e a premiação, são um elemento fundamental na gamificação. Mas, no cenário do treinamento corporativo, é importante que elas também sejam claras e justas a todos os participantes. 

Uma competição problemática, em que há a impressão de que alguém está sendo favorecido, pode prejudicar toda a sua estratégia e acabar com o interesse dos colaboradores em participar. Depois que a motivação é afetada, fica difícil conquistar novamente a confiança dos profissionais. 

Além disso, esse resultado também pode ter repercussões negativas para a imagem da empresa. Em casos extremos, a decepção dos colaboradores pode levar à queda de produtividade ou desligamentos. 

Por isso, desde o início tenha regras bem definidas. Defina quais são as formas de ganhar pontos, e também se existe um meio de perdê-los. Há algo que possa gerar eliminação da competição? O que não é válido? Quais são os princípios do fair-play?

Lembre-se de explicar cada um desses pontos a todos os participantes e também perguntar, mais de uma vez, se todos entenderam a proposição, pois o combinado não sai caro. 

Tenha também um canal para eventuais dúvidas e disputas. Defina também formas de resolução para caso ocorra um empate. Se possível, determine pessoas, que ficarão de fora da competição, para assumirem a posição de árbitros caso aconteça alguma situação atípica e não prevista nas regras. Esse grupo deve ser distante dos colaboradores envolvidos na competição. 

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Relação com os objetivos no treinamento

Uma das principais características de um treinamento corporativo, segundo os profissionais entrevistados na pesquisa, é a sua relação com os objetivos daquela capacitação. Afinal, o objetivo da dinâmica é, justamente, dar aos colaboradores o desenvolvimento necessário. 

Para os colaboradores, participar e engajar de ações baseadas em competição e premiação, vão exigir deles tempo e dedicação. Por isso, uma estratégia que não atinja o foco da empresa, pode não só ser vista como perda de tempo, mas também como perda de dinheiro. 

A gamificação apenas por acreditar que essa é uma ideia interessante, não tem sentido e dificilmente vai gerar a participação esperada.

Assim, é muito importante entender exatamente qual é o direcionamento daquela estratégia, onde se quer chegar e o que se espera dos colaboradores. 

Além disso, é preciso ter definido, de forma clara, quais são os aprendizados que se espera do treinamento corporativo. A cada etapa de desenvolvimento desta ação, a equipe responsável pode retornar a esse direcionamento e conferir se o que está sendo feito está realmente conectado ao objetivo proposto para o treinamento corporativo. 

Saiba mais sobre como definir um treinamento corporativo em: LNT: como fazer um bom levantamento das necessidades de treinamento?  

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