De acordo com pesquisa “Panorama do empreendedorismo digital no Brasil” realizada pela Hero Spark, 2020 foi o ano do empreendedorismo digital, sendo 54% dos negócios com operações iniciadas nesse período.
Nessa mesma pesquisa, um dos ramos de atuação que mais cresceu foi o mercado de cursos online. Ou seja, este mercado não está apenas crescendo, mas também se tornando cada vez mais competitivo.
Mas, então, como se diferenciar nesse segmento? Uma das estratégias que você pode adotar é começar a se comprometer com a qualidade do conteúdo entregue. E isso não significa apenas passar informações boas, pensando numa comunicação mais qualificada, mas também pensar na didática no processo.
Nessa missão, a criação de um plano de curso pode te ajudar muito! Continue lendo e veja o que é um plano de curso e como fazer um!
O que é plano de curso?
O plano de curso é uma ferramenta fundamental para o professor, pois ele define a estrutura e a sequência de todas as aulas de um curso. Ele funciona como um roteiro que guia o professor no desenvolvimento do ensino, indicando o que deve ser abordado em cada aula, bem como o momento e a forma como isso deve ser feito.
Além disso, o plano de curso também tem o objetivo de referenciar os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem. Ele é, portanto, um documento importante que contribui para a organização e a qualidade do ensino.
Inclusive, este instrumento já é amplamente conhecido e muito usado no meio acadêmico, e normalmente é um requisito obrigatório antes do início das aulas, principalmente em matérias de faculdade, por exemplo.
O plano de curso é essencial não apenas para o professor saber orientar seus ensinamentos, conteúdos, avaliações e objetivos, mas também para o aluno que conta com uma ideia mais assertiva do que ele deve esperar daquele curso.
Por fim, quando você é autoridade em um assunto, é fácil se perder nos muitos conhecimentos que você deseja transmitir e acabar criando uma trilha de aprendizagem pouco didática para os alunos.
Nesse sentido, um plano de curso te ajuda bastante a se manter objetivo, pensando nos interesses e necessidades dos alunos.
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Roteiro de plano de curso
Existe um consenso no meio acadêmico acerca dos elementos que um plano de curso precisa conter. Assim, o modelo de plano de curso se baseia nos seguintes tópicos:
- Objetivo geral: uma descrição ampla e mais generalizada do que é esperado que um aluno aprenda durante o curso.
- Objetivos específicos: descrição mais específica do conhecimento que se pretende passar. Normalmente, se explica por meio da capacidade de conseguir realizar alguma atividade, porcentagem de proficiência no assunto, dentre outros.
- Ementa: a lista de tópicos que serão tratados dentro do tema do curso. Afinal, você precisa definir um escopo limitado para os ensinamentos, uma vez que é impossível aprender tudo sobre um tópico em apenas um curso.
- Material: todo o material que será utilizado durante o curso. Aqui, é interessante incluir referências, livros, artigos científicos e mais conteúdos que ajudem os alunos a irem mais longe, se eles quiserem.
- Metodologia: a metodologia se refere à estratégia didática que será utilizada durante as aulas. Normalmente, os cursos online são majoritariamente expositivos, mas também podem contar com outras metodologias, formando um ensino híbrido.
- Avaliação: neste tópico, você precisa especificar como você vai medir a absorção de conhecimento dos seus alunos. Questionários, provas, trabalhos, dissertações? O que o professor considerar mais viável e efetivo.
Se quiser, confira o roteiro para elaboração de plano de curso disponibilizado gratuitamente pela Universidade Federal de Goiás. Esse modelo foi construído para orientar os professores da universidade, mas você pode usá-lo de inspiração para construir o seu plano para curso online.
Como fazer um plano de curso
Agora que você já entendeu bem tudo que um plano de curso deve conter, confira um passo a passo que vai te dar uma visão ainda mais clara de como esse processo deve ser conduzido, impedindo que você fique preso na etapa de planejamento estratégico.
1. Limite o conteúdo do curso
Muitas vezes, vemos nossos instrutores de curso tentando ser tudo para todos, e isso é algo que você deseja evitar. É tentador criar o maior, mais brilhante e mais abrangente curso sobre o tópico escolhido, mas isso pode ser prejudicial.
Em vez disso, resolva seu ponto de dor específico. Alcance seu público diretamente e veja quais são seus maiores desafios, o que gostariam de saber e outras questões. Você pode postar um tweet perguntando ao seu público quais são suas maiores dificuldades no momento ou enviar uma pesquisa para sua lista de e-mail.
Onde quer que seu público esteja, encontre-o lá e descubra seus problemas. Você provavelmente descobrirá que o mesmo ponto de dor surgirá repetidamente. Concentre-se aí.
Se você está decidido a criar o melhor recurso sobre o seu tópico, considere a criação de um pacote de cursos no futuro. Isso significa que você pode criar vários cursos diferentes sobre um assunto e combiná-los em um pacote definitivo. Isso dá ao seu público a liberdade de escolher o que deseja aprender com base no que já sabe.
2. Defina seu público
Quando você está planejando seu curso, precisa decidir em que nível seu público já está. Se eles já sabem o básico do seu tópico e você vai ajudá-los a avançar em suas habilidades ou aplicá-los de uma nova maneira, não é necessário definir as etapas iniciais.
Por outro lado, se eles são completamente novos para o que você está ensinando, você terá que se colocar de volta no lugar deles e pensar sobre suas dificuldades quando você estava apenas começando.
3. Crie a estrutura do seu curso
A primeira coisa que você precisa fazer é determinar seu objetivo. O que exatamente seu curso ensinará seus alunos a fazer? Aqui, você vai precisar ser específico. Por exemplo, se o seu curso é na área do marketing digital, “aprender sobre SEO” não é suficiente. Algo como “ter domínio das noções básicas de otimização para mecanismos de busca” é algo mais assertivo.
A partir do que foi definido, você pode decompor a transformação em “marcos” ou seções. O segredo é almejar entre 5 e 10, dependendo da profundidade do conteúdo que você deseja criar. Veja algumas opções ainda no exemplo de Marketing Digital:
- O que é marketing digital?
- Os pilares do marketing digital
- Inbound Marketing
- E-mail marketing
- SEO
- Social Media
- Growth Hacking
- Gestão de estratégias integradas
A partir daí, você pode dividir cada marco em etapas ou palestras individuais. Por exemplo, você pode dividir o marco “SEO” nas seguintes aulas:
- Como funciona um algoritmo de busca
- Relação entre marketing de conteúdo e SEO
- SEO On Page
- SEO Off Page
- SEO Técnico
Aqui, o objetivo é que cada palestra seja curta e fácil de falar. Os vídeos não devem ter mais de quinze minutos, mas o ideal é que tenham dez ou menos.
A razão para isso é que você deseja que seu público possa voltar ao seu curso e encontrar facilmente um ponto específico que você fez, sem ter que assistir novamente a um vídeo de 40 minutos. Se você se perguntar: “devo dividir este vídeo em dois?”, a resposta muito provavelmente será sim.
4. Escolha os tipos de conteúdo
Qual o modelo de conteúdo que você vai utilizar para transmitir cada tópico? Não precisa se prender a apenas um modelo, a diversificação ajuda a manter o engajamento dos alunos e torna o processo de produção menos cansativo para você.
- Vídeo: o vídeo é uma ótima maneira de realmente fazer essa conexão com seu público e transmitir seus pontos de vista. É uma boa escolha de formato de conteúdo, mas há momentos em que texto e foto podem ser melhores, como quando há muita informação para recitar no vídeo. Em cursos online, esse será seu formato majoritário.
- Slides: se você deseja focar seu vídeo e tornar suas aulas mais fáceis de seguir, pode adicionar slides às suas gravações. Para este tipo de vídeo, você pode criar apresentações no PowerPoint ou no Google Slides e gravar uma narração através do conteúdo do slide.
- Áudio: se você é fã de podcasts, sabe como o áudio pode ser forte. Embora recomendemos o uso de dicas visuais para a maioria dos tópicos, há momentos em que apenas o áudio pode ser eficaz. Se o seu público for atarefado e tiver poucos minutos por dia para se dedicar, esse formato pode ser muito bom!
- Texto e foto: eles são compostos de forma muito parecida com essa postagem do blog, utilizando palavras escritas e fotos para obter um ponto de vista. Estas são as lições mais fáceis de criar e não requerem nenhuma habilidade avançada. Aulas de texto e foto são ótimas para aprendizado visual ou material que pode ser muito profundo para um vídeo.
- PDFs, planilhas e outros documentos: se o seu curso tiver uma apostila, uma folha de dicas ou um material de recurso que você deseja que os alunos consultem facilmente, disponibilize-o para download em formato PDF. Oferecer esses materiais extras pode realmente ajudar seus alunos a sentir que estão obtendo um grande valor.
Depois de todas essas etapas, a fase de planejamento está oficialmente concluída. Agora é hora de executar sua criação e, em seguida, seu lançamento.
📚 Leia também: Como traçar uma estratégia de lançamento e ter sucesso ao lançar seus cursos
5. Uma plataforma profissional faz toda a diferença
Uma boa plataforma digital educacional é essencial para garantir o sucesso do seu curso. De nada adianta desenvolver o melhor conteúdo e disponibilizá-lo em um site ruim, que não carrega ou não suporta um grande número de acessos.
Por isso, se você quer lançar seu curso em uma plataforma incrível, precisa conhecer a Netshow.me OTT! Com ela, você tem um ambiente próprio e totalmente personalizado com a sua identidade visual. Pode disponibilizar todos os formatos de conteúdo em um só lugar e ainda tem liberdade para criar seus planos de assinatura.
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