O que é ecossistema de inovação, sua importância e benefícios

O ecossistema de inovação é um ambiente colaborativo que incentiva a criação de novas tecnologias e negócios. Ele reúne todos os players responsáveis pela criação de projetos inovadores e possui papel central no desenvolvimento social e econômico. Saiba o que é, seus benefícios e todos os pilares deste conceito criado na década de 30.
ecossistema de inovação
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Por definição, inovar é o ato de trazer novas ideias para a reinvenção ou criação de processos e tecnologias — consequentemente impactando clientes e negócios de maneira positiva. Para isso, o ecossistema de inovação é um meio de criar tecnologias, como o streaming, validando a viabilidade econômica e a escalabilidade de projetos inovadores.

Com a criação de ambientes colaborativos e que fomentem a geração de novas ideias, essa prática é facilitada e potencializada. Responsável por reunir todos os players necessários para a sua viabilização, o ecossistema de inovação é central para o desenvolvimento social e econômico, além de auxiliar negócios e visionários a tirarem seus projetos de impacto do papel.

Neste artigo você saberá o que são os ecossistemas de inovação, quais são os benefícios e quais são os tipos existentes. Acompanhe!

O que é um ecossistema de inovação?

Usado para descrever elementos que coexistem de maneira colaborativa para garantir o funcionamento de todos os agentes, o conceito de ecossistema não se aplica somente à biologia.

Ele também é usado no ambiente corporativo e nas empresas de tecnologia, cujo papel na criação de inovações é central para o progresso da sociedade como um todo.

Criados na década de 1930, os ecossistemas de inovação reúnem empreendedores, universidades, investidores, instituições governamentais, incubadoras e parques tecnológicos. Todos se juntam para a viabilização de projetos inovadores e que trarão benefícios a todos.

Como principal exemplo, vale ressaltar o Vale do Silício. Localizado na Califórnia, reúne empresas de tecnologia revolucionárias — entre elas Facebook, Apple e Google. Além disso, duas das melhores instituições de ensino do mundo ficam lá: as Universidades de Stanford e da Califórnia.

No Brasil, os principais ecossistemas de inovação são o InovaBra do Banco Bradesco, o AEVO Connect, a ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia), Porto Digital do Recife, o Tecnopuc do Rio Grande do Sul, o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e o Vale do Pinhão em Curitiba — que foi eleito o mais promissor do mundo pelo Global Startup Ecosystem Report 2020.

Independentemente da localidade, o ecossistema de inovação estimula a obtenção de resultados por meio da cooperação de todos os players. Outro ponto importante é a formação de talentos e mentes inovadoras, obtendo mão de obra qualificada, diferencial competitivo e criação de negócios, além de boas práticas.

Como funciona um ecossistema de inovação?

Por ser um ambiente criado para fomentar o desenvolvimento de novos negócios e tecnologias, os ecossistemas de inovação reúnem diversos agentes. Segundo o empreendedor Brad Feld no livro Comunidades de Startups: Construindo um Ecossistema Empreendedor na sua Cidade, a liderança de empreendedores é central para o sucesso desse tipo de ambiente.

No entanto, essas lideranças não são o único pilar deste processo. Agentes fomentadores possuem o papel de oferecerem recursos e apoios às mentes inovadoras e os recursos necessários para a roda girar. Desta forma, um ecossistema de inovação funciona apoiado em seis elementos. Veja quais são eles, a seguir.

1. Ambientes de Inovação 

Independentemente de serem espaços físicos ou utilizarem serviços de streaming para a realização das interações entre mentes inovadoras, os ambientes de inovação são responsáveis por ajudar no processo criativo e na viabilização de projetos.

Nesse pilar estão as pré-incubadoras, responsáveis por auxiliar empreendedores a criarem novos negócios. Elas oferecem serviços de consultoria, mentorias, cursos de  capacitação e auxiliam na captação de recursos financeiros.

Já as incubadoras atuam numa etapa mais avançada, ajudando empresas de menor porte que oferecem soluções inovadoras e com potencial de impactar o mercado. Sua função é oferecer suporte para que esses negócios tenham acesso a tecnologias e processos que complementem a criação de suas inovações.

Focados no estímulo da interação entre empresas de tecnologia, os parques tecnológicos são centros que auxiliam empresas na pesquisa e transformação delas em soluções para o mercado.

Semelhantes a eles são os centros de inovação, cujo foco está na integração local — assim, acelerando a evolução dos agentes inovadores de uma região específica.

Outra abordagem deste pilar dos ecossistemas de inovação são os Espaços Makers,  responsáveis por ajudar empreendedores a criarem protótipos e produtos — que poderão ser validados e aprimorados.

No âmbito financeiro, as aceleradoras ajudam startups e empresas inovadoras a captarem recursos para crescerem de maneira acelerada. Por conectarem negócios e investidores, elas são essenciais para a obtenção de novas rodadas de investimento e terem maior escalabilidade.

2. Programas e Ações 

Já o segundo pilar dos ecossistemas de inovação são os programas e ações, cuja função é resolver eventuais gargalos e otimizar o desenvolvimento de negócios e ideias. Essas iniciativas são centrais para garantir que projetos inovadores sejam executados e implementados — fortalecendo a comunidade como um todo.

Além disso, esse pilar ajuda no desenvolvimento dos ecossistemas de inovação por meio do protagonismo empresarial. Como diz o nome, ele faz com que empresários e negócios locais atuem em prol de ações que fortaleçam o ambiente.

3. Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) 

Entre os elementos centrais dos ecossistemas de inovação estão as instituições de ensino — com destaque para as disciplinas de ciências, tecnologia e inovação. Seu papel é investir na pesquisa científica e tecnológica.

Ou seja, elas são essenciais para formar talentos e, consequentemente, ajudar mentes inovadoras a criarem produtos, serviços e processos que chegarão ao mercado.

4. Políticas Públicas

Ecossistemas inovadores são a simbiose entre os setores privado e público. Por isso, as políticas públicas são outro pilar essencial desse ambiente e ajudam a fomentar o processo como um todo.

Entre elas estão as legislações de inovação, responsáveis por oferecerem recursos e mecanismos para empresas e empreendedores — sejam incentivos fiscais, atração de empresas e a integração entre instituições de ensino e pessoas jurídicas.

5. Capital

Por se tratar de um processo que precisa de recursos, conectar mentes inovadoras e investidores é outro ponto central do ecossistema de inovação. Entre elas estão instituições bancárias públicas ou privadas que disponibilizam linhas de crédito com condições especiais.

Além delas, estão os investidores anjos, responsáveis por oferecerem capital a empresas e startups — e, é claro, conhecimentos, experiência e networking para escalarem o negócio. Podem ser uma pessoa só ou grupos.

Aqui também vale destacar o Venture Capital, modalidade de investimento em empresas de grande potencial de crescimento. Para isso, é feita a aquisição de ações minoritárias com o objetivo de tê-las valorizadas após o projeto inovador escalar e trazer resultados.

6. Governança da Inovação

O sexto pilar do ecossistema da inovação é a governança da inovação. Este termo foi criado pelos pesquisadores Jean-Philippe Deschamps e Beebe Nelson no livro Innovation Governance: How Top Management Organizes and Mobilizes for Innovation e define a maneira com a qual os elementos do ecossistema inovador atuam em conjunto. A elas damos o nome de tríplice hélice: governo, universidades e governo.

Segundo estudo da Accenture, as organizações cujos líderes implementam a governança da inovação possuem o dobro de resultados.

Quais são os tipos de ecossistemas de inovação?

Por se tratar do processo criativo de paradigmas e tecnologias, os ecossistemas de inovação possuem diferentes tipos e abordagens — cada uma com funcionamentos específicos.

Segundo o estudo Leveraging complexity for ecosystemic innovation: Technological Forecasting and Social Change, das pesquisadoras Martha G. Russel e Natalya V. Smorodinskaya, são usados quatro fluxos de pesquisa nos ambientes inovadores.

1. Plataforma de Inovação

Também conhecido como literatura de gestão, esse tipo de fluxo de pesquisa tem como foco uma empresa específica, a partir do momento que ela se integra a um ecossistema de inovação. O foco principal aqui é a geração de negócios.

Os players desse ambiente inovador geralmente são clientes, fornecedores e empresas do mesmo segmento. Dessa forma, o foco das Plataformas de Inovação é a cocriação de tecnologias e outras soluções com o objetivo de gerar valor aos negócios.

2. Redes Entre Empresas 

Nesse tipo de ecossistema de inovação, a abordagem é focada na cadeia de valor oferecida numa vasta gama de indústrias. Dessa forma, as redes entre empresas possuem escalas diversas, podendo ser centros regionais, redes locais de empresas e comunidades de inovação com alcance nacional.

Aqui, o foco está na criação de ecossistemas de empresas que se juntam para estabelecer parcerias, todas com o mesmo objetivo.

3. Sistemas de Inovação

Já esse ecossistema de inovação surgiu graças à necessidade de suprir a complexidade do processo de criação de projetos inovadores. Neles, o foco está no debate e criação de políticas públicas para auxiliar os agentes a inovar.

Por isso, os Sistemas de Inovação geram sinergia entre empresas, startups, instituições de ensino e empresas de capital de risco — incentivando a criação de paradigmas que ajudarão a trazer inovações ao mercado.

4. Ecossistemas de Inovação Localizados

Para completar, os ecossistemas de inovação localizados  possuem foco no desenvolvimento econômico regional. Dessa forma, eles são responsáveis pela atração de investimentos, empresas e profissionais — oferecendo sustentabilidade no processo inovador e escalando a economia.

Neles, o foco está na cocriação facilitada pela proximidade geográfica ou da rede do ecossistema. Inclusive, os ecossistemas de inovação localizados podem ter abrangência nacional graças às políticas públicas — por exemplo, países como Reino Unido, China e Austrália investem na nacionalização desses ambientes.

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Quais são os benefícios dos ecossistemas de inovação?

Participar de um ecossistema de inovação permite que as empresas ofereçam um cenário favorável para a implementação de novas ideias e a geração de valor para todos os players envolvidos.

Não à toa, eles oferecem uma vasta gama de benefícios que geram impactos para negócios, profissionais e a comunidade. Confira os principais abaixo. 

Amplifica o networking e as oportunidades de negócios

Semelhante aos eventos corporativos e convenções de negócios, o ecossistema de inovação é ideal para promover networking entre profissionais, empresas inovadoras e investidores — o que, consequentemente, fornece oportunidades de negócios para todos os envolvidos.

Como todos os agentes que integram o ecossistema inovador possuem os mesmos objetivos, o alinhamento de expectativas é facilitado. Isso auxilia na indicação de profissionais e na criação de oportunidades de negócios, o que fortalece a marca da empresa.

Facilita a contratação de profissionais de potencial

Sem profissionais capacitados e talentosos, a criação de projetos inovadores é mais desafiadora. Por isso, integrar um ecossistema de inovação é importante para encontrar mentes notáveis e contratá-las.

Características como flexibilidade, mindset disruptivo e colaborativo são a regra nestes ambientes — e, é claro, aderência à cultura inovadora.

Além de ser crucial para a prospecção de talentos, fortalece e Employer Branding da empresa por fazê-la ser vista pelo mercado como moderna e fomentadora de inovações — o que facilita na atração de talentos.

Compartilhamento de conhecimento

Para ser um dos melhores, é necessário conviver com mentes notáveis. Por isso, ser parte de um ecossistema de inovação é o caminho para compartilhar conhecimento e experiências com empresas de portes e nichos diversos, além de profissionais com outras vivências.

Dessa forma, é possível agregar outros pontos de vista e até cocriar inovações, aprendendo com os desafios de outras iniciativas inovadoras e tendo referências sobre a validação e implementação de processos de maneira mais efetiva.

Oferece diferencial competitivo às empresas

Outro benefício do ecossistema da inovação para as empresas participantes é o fato dele oferecer diferencial competitivo em relação aos concorrentes.

Além da prospecção de talentos e aprendizados, a cultura inovadora presente nestes ambientes ajuda os negócios a aprimorarem seus produtos e processos — como, por exemplo, ver que usar o live streaming e suas diversas aplicações pode ter impactos positivos para a comunicação da empresa.

Isso se traduz em maior qualidade de serviços e melhor proposta de valor ao público, o que, consequentemente, trará maior receita e fortalecerá a empresa no mercado. Caso os concorrentes não integrem ecossistemas de inovação, a possibilidade de estar à frente deles é fortíssima.

Com esta vasta gama de benefícios, os ecossistemas de inovação tem um papel central em potencializar negócios e trazer mais receita para as empresas. E, é claro, tudo começa com a criação de ideias, por isso, separamos seis cases de sucesso para inspirar seu negócio no e-book Eventos Online Inovadores.

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