Síndrome de burnout: o que é, quais são os sintomas e como tratar

Entenda o que é a síndrome de burnout, como identificá-la em um dos seus colaboradores e os cuidados que devem ser tomados para evitar a exaustão no ambiente de trabalho.
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Um dos maiores desafios enfrentados pelo setor de Gestão de Pessoas e profissionais de Recursos Humanos é, sem dúvidas, manter a motivação das equipes e os colaboradores engajados com o propósito da empresa.

Para alcançar tais objetivos, é essencial que a organização possua uma comunicação interna bem estruturada e que esteja atenta à saúde física, mental e emocional dos funcionários no ambiente de trabalho. Caso contrário, os colaboradores podem se sentir negligenciados, pressionados e sobrecarregados, o que a longo prazo, pode acarretar no desenvolvimento da síndrome de burnout.

Ao longo deste artigo você vai conferir tudo sobre o que é a síndrome de burnout, quais são as suas causas, como identificar os sintomas e de que maneira é possível tratar esta doença. 

O que é síndrome de burnout?

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é caracterizada como um distúrbio emocional que possui como principal sintoma a exaustão extrema, sendo ela física, emocional e psicológica.

A síndrome de burnout está diretamente relacionada com as condições de trabalho da pessoa, pois se trata de um adoecimento mental ocasionado por situações frequentes de alto estresse e desgaste no ambiente profissional.

Quando negligenciada, a síndrome de burnout pode acarretar no desenvolvimento de outras doenças psicológicas, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, e por isso deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes. Por sinal, o mesmo vale para tratamentos alternativos

Por que precisamos falar sobre burnout?

Desde 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o burnout como uma síndrome ocupacional crônica e a incluiu oficialmente na lista de doenças ligadas ao trabalho.

Esse reconhecimento oficial é importante pois, a partir dele, líderes e CEOs são capazes de se conscientizarem sobre a maneira e a intensidade que o ambiente e o cotidiano da sua empresa afetam a saúde psicoemocional dos seus funcionários. 

Em 2019, um levantamento da International Stress Management Association estimou que 32% da população brasileira economicamente ativa  apresentava sinais da síndrome de burnout e, durante a pandemia da Covid-19, este número saltou para 44%. Já a OMS aponta que mais de 90% da população mundial  sofre com algum tipo de estresse.

Infelizmente, a estimativa é que esses números continuem crescendo a cada ano, e por isso se faz tão urgente que as empresas comecem a buscar alternativas e executar ações internas para evitar que este cenário se espalhe entre os seus colaboradores.

Quais são as causas da síndrome de burnout?

A síndrome de burnout se trata de um distúrbio ocupacional crônico, ou seja, está vinculado ao cotidiano e ao ambiente de trabalho no qual o indivíduo está inserido. 

Nas maiores empresas, existe um código de cultura interno que dita os comportamentos esperados no dia a dia dos funcionários e os hábitos incentivados no ambiente organizacional. O problema é que, quando mal estruturada, essa cultura pode reproduzir padrões tóxicos e afetar a saúde mental dos colaboradores. 

Separamos uma lista com algumas das causas mais recorrentes do esgotamento e que podem levar ao desenvolvimento da síndrome de burnout. Confira!

1. Estresse crônico

O estresse crônico é um dos quadros mais graves deste distúrbio pois pode acarretar em demais doenças emocionais, devido a intensidade e frequência constante que os episódios ocorrem no cotidiano da pessoa, que quando diagnosticada com tal nível de estresse, o enfrenta quase que diariamente no seu convívio social.

De maneira científica, o estresse crônico é descrito como uma resposta do sistema endócrino no qual corticosteróides são liberados em situações de grande pressão e desgaste emocional, e a longo prazo, pode levar ao burnout.

2. Pressão extrema

A pressão no ambiente de trabalho, que está muitas vezes vinculada a prazos, metas e entregas, quando constante e elevada ao extremo, é uma das principais razões que levam ao desenvolvimento da síndrome de burnout. 

Isso porque situações e cenários de pressão frequente podem levar ao desgaste emocional, uma vez que o funcionário se vê preso num ciclo de cobranças que desencadeia uma sobrecarga mental na tentativa de corresponder a expectativas que, muitas vezes, já se encontram fora do seu alcance. 

3. Problemas com a liderança

Uma das preocupações mais latentes entre os funcionários é, sem dúvidas, conseguir manter um bom relacionamento com as suas figuras de liderança.

Contudo, quando este objetivo não é alcançado, a comunicação e o convívio no ambiente de trabalho são prejudicados e podem se tornar tóxicos ao ponto de desencadear a síndrome de burnout. 

Os sentimentos de incompreensão e incompetência gerados pela falta de reconhecimento e diálogo com gestores são agravantes para o desenvolvimento de um quadro de esgotamento emocional do indivíduo, que deixa de acreditar no propósito do seu trabalho.

4. Excesso de obrigações

A sobrecarga excessiva de trabalho e o acúmulo de atribuições é um grande condicionante para o desenvolvimento da síndrome de burnout. 

Muito ligado à pressão sofrida no ambiente profissional, esse cenário pode gerar um cansaço mental e um quadro de desânimo que compromete a execução das suas tarefas, que, assim, acabam acumulando ainda mais e tornam o problema uma grande bola de neve. 

5. Jornadas exaustivas

Jornadas muito longas de trabalho, que muitas vezes ultrapassam o horário previsto no escopo de serviço daquele funcionário ou que incluem afazeres muito exaustivos, podem levar um colaborador a desenvolver a síndrome de burnout.

Isso porque ambientes corporativos em que não há flexibilidade de trabalho podem se tornar nocivos à saúde dos colaboradores ao decorrer do tempo. Isso ocorre em empresas que não são adeptas a modelos híbridos ou que possuem um clima organizacional ruim. 

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Quais são os sintomas da síndrome de burnout?

Como qualquer doença, existem alguns sinais que ajudam a identificar se uma pessoa está sofrendo da síndrome de burnout.

É claro que o diagnóstico médico é imprescindível para realizar o tratamento adequado, mas é possível perceber alguns sintomas de esgotamento durante o convívio e no cotidiano com aquele profissional.

A seguir, estão listados alguns dos principais sintomas que a síndrome de burnout pode apresentar.

1. Fadiga e cansaço

A fadiga constante e a sensação frequente de cansaço podem ser sinais de que um colaborador está sofrendo da síndrome de burnout. Isto quando estes sintomas não estão vinculados a outros distúrbios ou condições físicas que a pessoa já possui, e parecem surgir e se agravar especificamente no ambiente de trabalho.

2. Dor de cabeça constante

Uma dor de cabeça constante, como enxaquecas e tonturas, também são sintomas frequentes em pessoas que sofrem da síndrome de burnout.

O esgotamento emocional, um cotidiano exaustivo e a sobrecarga de atribuições são fatores que podem desencadear dores de cabeça vinculadas à sobreposição de pensamentos paralelos e o acúmulo de preocupações daquele colaborador, que sente como se o seu cérebro não fosse capaz de “descansar” mesmo após o serviço.

3. Aumento dos batimentos cardíacos

Em alguns casos, a síndrome de burnout pode se manifestar por meio do aumento dos batimentos cardíacos da pessoa, sendo este sintoma resultado de uma sensação de ansiedade e alerta constante, por conta da adrenalina que é liberada no corpo diante de situações estressantes.

A longo prazo, esse quadro pode desencadear ainda uma arritmia cardíaca, podendo levar ao desenvolvimento de mais doenças cardiovasculares. 

4. Alterações no sono

O desenvolvimento de um quadro de insônia e dificuldades para dormir que parecem começar “do nada”, ou seja, sem nenhum outro fator condicionante, são sinais de uma possível síndrome de burnout.

A qualidade do sono de uma pessoa que sofre com esgotamento emocional é diretamente afetada pois, mesmo que aquele indivíduo esteja sofrendo de uma sensação de cansaço e exaustão, ele não é capaz de se desligar das preocupações e cobranças do trabalho o suficiente para permitir que o seu corpo descanse. 

5. Problemas de memória

Lapsos de memória, dificuldade para lembrar de informações básicas e corriqueiras ou até mesmo episódios de amnésia são graves indicativos de uma possível síndrome de burnout. 

Nesse mesmo contexto, problemas ligados a perda da concentração e da capacidade de foco também são sinais de que um funcionário pode estar passando pelo esgotamento profissional, como um colaborador eficiente, mas que começa a apresentar alta dispersão em reuniões ou deixa de comparecer a compromissos importantes por esquecimento.

Como identificar a síndrome de burnout?

Agora que você já entende o que é a síndrome de burnout, é preciso aprender como identificar se algum dos seus funcionários ou colaboradores está sofrendo de esgotamento profissional. 

Essa pode ser uma tarefa muito desafiadora, uma vez que os sinais da síndrome de burnout se assemelham aos apresentados por pacientes que sofrem outras doenças psicológicas ou emocionais, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Para te ajudar, preparamos uma lista com alguns dos principais comportamentos dentro do ambiente de trabalho que podem indicar que um funcionário está sofrendo com a síndrome de burnout.

1. Queda na produtividade

Atrasos frequentes nas entregas, baixo engajamento com metas e durante as dinâmicas da empresa e queda na produtividade e qualidade do serviço podem sugerir que um colaborador está enfrentando o esgotamento profissional.

Para se certificar de que não é apenas uma fase ruim — às vezes causadas por fatores externos, como problemas na vida pessoal — ou que não se trata de um funcionário praticando o quiet quitting, é preciso conversar com o gestor responsável por aquele colaborador e a equipe na qual ele está inserido.

Assim, procure compreender há quanto tempo esta situação se alastra, como está o volume de atribuições desse funcionário e identificar demais comportamentos durante o convívio profissional que podem apontar a um quadro de burnout. 

2. Aumento do absenteísmo

Faltas sem justificativas plausíveis, atrasos constantes e saídas antecipadas são comportamentos inseridos dentro do conceito de absenteísmo, ou seja, a todas as ausências de um colaborador no ambiente de trabalho.

Um funcionário que apresenta esta conduta com frequência pode estar enfrentando o esgotamento profissional e, por isso, sente desânimo de comparecer ao seu ambiente de trabalho por vinculá-lo, de maneira muitas vezes inconsciente, como sinônimo de mal estar e cansaço emocional. 

3. Rotatividade 

Se um determinado cargo ou setor da empresa apresenta uma alta taxa de turnover, ou seja, rotatividade constante de funcionários, é possível que o clima organizacional daquele ambiente não esteja saudável ou, ainda, que haja uma sobrecarga no escopo de atribuições.

Afinal, se nenhum funcionário, mesmo aqueles que demonstram eficiência e proatividade no início, conseguem se manter por tempo suficiente naquela posição, vale se atentar se aquele cargo não está sendo mal gerido ou estruturado de maneira prejudicial à saúde do colaborador que o ocupa.

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Como tratar a síndrome de burnout?  

Assim como qualquer outra doença, a síndrome de burnout precisa ser devidamente diagnosticada, tratada e receber o acompanhamento de um profissional da saúde capacitado, como um psicólogo ou psiquiatra.

Uma vez que você perceba os sintomas do esgotamento profissional em um dos seus colaboradores, encaminhá-lo para o devido cuidado e atendimento médico e oferecer suporte psicoemocional é a melhor decisão a se tomar.

1. Acompanhamento psicológico

Uma vez diagnosticado com síndrome de burnout, o colaborador precisa passar por um acompanhamento psicológico atencioso para, assim, evitar o agravamento desse quadro para outros distúrbios emocionais, como depressão e síndrome do pânico.

Esse acompanhamento, inclusive, possui muitas semelhanças com o tratamento dessas mesmas doenças, buscando agir não apenas de maneira paliativa, ou seja, a combater e tratar os sintomas já causados pelo burnout, mas também buscar meios para preveni-los.

2. Aderir a hábitos saudáveis

Aderir a hábitos saudáveis é, sem dúvida, uma das etapas mais importantes no tratamento da síndrome de burnout. 

Isso porque, para que a sensação de esgotamento e exaustão não se prolongue, é preciso que aquela pessoa consiga identificar quais são os comportamentos e situações que a adoecem no ambiente de trabalho e refletir junto ao psicólogo ou médico sobre como é possível modificar este cenário para que ele deixe de afetar de maneira tão prejudicial a saúde do funcionário.

3. Repousar 

E por fim, mas não menos importante, o repouso é essencial para colaboradores diagnosticados com a síndrome de burnout

Vale antecipar o período de férias ou até mesmo ceder o tempo necessário para que aquele funcionário consiga se recuperar da exaustão enquanto, em paralelo, a empresa reflete sobre de que maneira pode tornar aquele ambiente menos nocivo e ajudar este colaborador a realizar um bom retorno para as suas atribuições.

Esse posicionamento empático e humano com os funcionários é essencial para qualquer time de gestão de pessoas, que deve ser visto pelos funcionários como um pilar confiável e acolhedor dentro da empresa. A melhor maneira de estreitar laços é construindo uma estratégia sólida de comunicação interna, que precisa ser capaz de integrar igualmente todos os indivíduos que compõem uma organização. Confira aqui como o uso da tecnologia de transmissão ao vivo pode contribuir para o engajamento dos colaboradores da sua empresa  a ponto de evitar um quadro de burnout.

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