Retorno ao trabalho presencial: sua empresa precisa mesmo dele?

Diversas empresas estão optando pelo retorno ao trabalho presencial mas é importante levantar o questionamento: é realmente necessário?
Retorno ao trabalho presencial: sua empresa precisa mesmo dele?
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Desde 2020, uma parte das empresas segue com colaboradores trabalhando em regime remoto. Com a diminuição dos casos de COVID-19 e a flexibilização das medidas de distanciamento social, volta o assunto: será que é hora de planejar o retorno presencial? 

Para muitas empresas, ainda há a ideia de que a produtividade e a comunicação entre colaboradores funciona melhor no trabalho presencial. Há ainda toda questão de infraestrutura que já está pronta, apenas esperando para receber seus usuários. 

Contudo, também é verdade que, nesses mais de dois anos de pandemia, diversas empresas adotaram a mentalidade “remote first”, que significa “remoto primeiro”. Nesse caso, o foco é o trabalho remoto, que vem em primeiro lugar. 

Para elas, o retorno presencial obrigatório não faz parte dos planos. Isso também é ampliado pela abertura dos processos de contratação, que passaram a considerar candidatos de quaisquer cidades do Brasil. 

Essas duas perspectivas nos mostram que existem argumentos importantes dos dois lados mas, nesse artigo, vamos mostrar porque manter um trabalho pelo menos parcialmente remoto é mais benéfico. Entenda como o modelo híbrido pode captar boa parte das vantagens de cada uma das modalidades. 

Retorno ao trabalho presencial: o que isso significa? 

Nos últimos meses, subiu o número de empresas que estão investindo no retorno ao trabalho presencial. Isso significa que os colaboradores vão voltar a exercer as suas funções direto da sede da empresa, juntos em um mesmo local. Mas, fica a questão, será que isso é mesmo necessário para todas as empresas? 

Esse questionamento é importante pois, em alguns casos, o trabalho presencial não é algo fundamental para o desenvolvimento do trabalho. Para quem faz tudo sentado na frente do computador, as mesmas tarefas podem ser executadas de casa. 

Além disso, existem muitas pessoas que preferem o home office pelas vantagens que a modalidade apresenta, como estar perto da família e não perder horas no trânsito. Outra questão importante é que a pandemia ainda não acabou completamente. Por isso, ainda há risco de contaminação entre os colaboradores e até que o vírus seja levado para as famílias. 

Pensando nessa questão é que cabe a ponderação se o trabalho presencial é realmente uma necessidade das empresas. Se a preferência é justificada pela produtividade, talvez seja interessante criar outras formas de gerar maior incentivo. Uma outra alternativa também é apostar na modalidade híbrida. 

📋 Trabalho híbrido: o que é e como ter sucesso com essa modalidade 

Decreto de retorno das grávidas ao trabalho presencial  

As gestantes, pela legislação, devem voltar ao trabalho presencial. Contudo, existem alguns requisitos para que isso aconteça. É preciso que elas tenham completado o esquema vacinal ou assinem um termo de responsabilidade, caso se recusem a receber a imunização, ou que a situação de emergência mundial tenha sido suspensa. 

Em 2021, havia sido aprovada uma lei que garantia a elas o direito ao afastamento durante o período de emergência, por serem consideradas grupo de risco. 

Planejamento para o retorno presencial

Retornar o trabalho para a sede da empresa pode ser interessante, pois passa a ideia de que as coisas voltaram ao normal. Outra questão que conta muito é o maior controle da entrada e saída dos colaboradores, dentro do horário de trabalho.

Contudo, todas essas questões também podem ser solucionadas com outras alternativas. É importante considerar os impactos financeiros e psicológicos que essa decisão acarreta para os colaboradores. 

Antes de determinar o retorno presencial como a única solução, existem algumas questões que devem ser consideradas para o planejamento do retorno ao trabalho presencial:  

Implementação do remote first

Já mencionamos essa perspectiva, mas é importante que ela seja considerada como uma opção viável de forma de trabalho. O remote first considera que o trabalho remoto é o modus operandi da empresa. O funcionamento padrão considera o desenvolvimento do trabalho de maneira remota. 

Claro, essa perspectiva pode não ser possível para todos os setores e nem para todas as empresas. Mas, para aquelas que podem, é uma excelente alternativa, que abre diversas portas e possibilidades. 

Seguindo essa ideia, a empresa pode expandir o processo de contratação para profissionais de qualquer região do Brasil, aumentando a diversidade de ideias e perspectivas.

Outro fator positivo é que também aumentam os candidatos, gerando uma chance ainda maior de encontrar pessoas que realmente tenham compatibilidade com a empresa. 

O remote first também não precisa dispensar completamente a existência de uma sede física. A empresa pode ter uma sede para guardar estoque de produtos, equipamentos eletrônicos, documentos e até combinar encontros.

O foco do trabalho, contudo, permanecerá no desenvolvimento do trabalho a distância. 

Para colocar essa ideia em prática, é importante que a empresa invista em plataformas que vão garantir uma boa comunicação interna mesmo de forma remota. 

Verificar os gastos 

Uma primeira análise sobre o retorno presencial é traçar um cálculo para entender se essa demanda realmente vale a pena.

Com as pessoas trabalhando de casa, há uma redução considerável de gastos, com infraestrutura do escritório, insumos básicos, energia elétrica, luz, limpeza, manutenção e até o vale transporte dos colaboradores. 

Ainda que o trabalho presencial proporcione algumas vantagens, será que ela realmente é maior que a economia gerada pela suspensão das atividades presenciais? 

Serviço de ponto remoto 

Se o foco é ter maior controle sobre o período de entrada e saída dos colaboradores, isso também pode ser feito de forma remota. Uma alternativa é adotar o ponto eletrônico remoto. Já existem soluções que pedem, inclusive, que o colaborador faça uma foto para registrar o momento de entrada e saída. 

As chefias também podem combinar que cada colaborador notifique, por meio de mensagens no chat que a empresa utiliza, o momento em que estão entrando para trabalhar e o que estão fazendo em cada horário.

Contudo, cabe lembrar que esse tipo de abordagem é considerada uma estratégia de microgerenciamento, que pode ter um efeito negativo para o desenvolvimento do trabalho. 

Ambientes muito controlados criam uma atmosfera de pressão e estresse, que piora o rendimento, gera desmotivação e pode causar até mesmo problemas de saúde como ansiedade e burnout.

Preferência dos colaboradores

Segundo uma pesquisa da startup de recrutamento Revelo, 61% das empresas de tecnologia planejam voltar para o trabalho no escritório. Ao mesmo tempo, 78% dos colaboradores cogitam mudar de empresa para continuar no home office. 

Colaboradores que puderam estar no regime de home office durante o período de pandemia, puderam conhecer um outro modelo de trabalho. Para boa parte deles, não faz mais sentido voltar para as atividades presenciais. Especialmente para quem manteve os mesmos resultados durante o período pandêmico. 

Se o trabalho pode ser feito de qualquer lugar e o colaborador já demonstrou que é capaz de manter o mesmo nível trabalhando de casa, qual o sentido em exigir o retorno presencial?

É importante entender o que os colaboradores preferem para garantir que esse não será um fator de saída em massa.

📚 Veja também: LNT: como fazer um bom levantamento das necessidades de treinamento 

Regime híbrido 

Se a ideia é realmente retornar ao espaço físico da empresa, uma forma interessante de conciliar interesses é adotando o regime híbrido.

Nessa modalidade, a empresa terá uma parte do trabalho desenvolvido de forma remota, e outra parte de forma presencial. Com essa perspectiva é possível aproveitar a maior parte das vantagens de cada uma das modalidades, atendendo a todos os gostos também. 

A organização dessa estrutura pode ser feita de muitas formas diferentes. Podem existir setores inteiros que não comparecem presencialmente, ou apenas pessoas pontuais que residem em outra cidade. Outra ideia é combinar um rodízio presencial entre grupos de trabalho, que podem ser definidos por projetos específicos ou áreas da empresa. 

O mais importante é que a empresa considere que a execução do trabalho no formato presencial ou remoto são complementares, sem que uma se torne mais importante ou mais relevante que a outra. 

Para que isso aconteça, é necessário um planejamento para que as atividades, sempre que possível, possam ser realizadas em qualquer um desses formatos. Assim, será possível atender a todos os colaboradores de forma igualitária. 

Por exemplo, caso a empresa decida realizar um evento, é interessante que ele também leve em consideração a modalidade híbrida. Nesse caso, o evento poderá ser menor, mas terá um alcance ainda maior, visto que será disponibilizado para quem não puder comparecer de forma presencial. 

Saiba mais sobre a organização de eventos híbridos no nosso artigo que trabalha essa questão: Eventos híbridos: tudo o que você precisa saber sobre esta tendência 

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